terça-feira, 15 de novembro de 2011

Escrever e ler

A leitura faz parte do nosso cotidiano. Não há como se esquivar. Lemos as placas de trânsito, os anúncios de promoção nas bancas dos supermercados, os nomes das ruas. Lemos até sem que haja palavras: um sorriso, uma lágrima, um punho cerrado, uma posição suspeita. Lemos o mundo e todos os seus sinais, gráficos ou não. E assim seguimos lendo e reproduzindo indefinidamente a nossa leitura. Mas essa não é uma leitura branca, ela está impregnada de significados que se relacionam com a vida e as experiências de cada um. Não é isenta de opiniões carregadas de concordâncias e discordâncias. Todo mundo tem algo a dizer sobre um acontecimento noticiado no jornal ou sobre a escolha profissional da filha da vizinha ou sobre a melhor maneira de governar o mundo. E isso acontece porque dentro há um mundo que muitas vezes se funde com o mundo que esta fora. De uma forma tal que não se sabe exatamente o que eu li que estava fora e o que já vinha dentro de mim, com a minha vida, com a minha história, com a história dos meus pais, avós, vizinhos etc. Proponho com esse neste espaço uma brincadeira: que identifiquemos o que está escrito por trás daquilo que estamos lendo. E para isso vale tudo: livros, artigos, filmes, vídeos, peças de teatro, enfim, tudo aquilo que seja capaz de fazer um recorte da vida e nos mostrar como funciona a nossa cultura que, segundo o biólogo Humberto Maturana, é a rede de conversações na qual estamos todos inseridos. Então, ampliemos a rede e conversemos. Beijos meus.

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