segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Uma coisa puxa a outra...

Na semana passada chegaram  aqui em casa os livros da COLEÇÃO ITAÚ DE LIVROS INFANTIS. Não sei se conhece a iniciativa, mas basta se cadastrar no site do Itaú, preencher um cadastro e solicitar os livros gratuitamente. Mas essa ação é sujeita a disponibilidade no estoque. Esse é o segundo ano dessa campanha e eu e Pedro estamos acompanhando desde o início. Os livros do ano passado eu doei para um orfanato porque havia essa recomendação de que os livros não poderiam ficar parados e tinham que atingir o maior número possível de crianças. Eu e Pedro lemos até cansar e depois, doamos.
Bem, os livros chegaram e pusemo-nos a saborea-los. São três títulos: CHAPEUZINHO AMARELO, de Chico Buarque, com ilustrações de Ziraldo; ADIVINHA QUANTO, de Sam Bratney com ilustrações de Anita Jeram e A FESTA NO CÉU - UM CONTO DO NOSSO FOLCLORE, contado e ilustrado por Angela Lago. É sobre esse último título que eu vou escrever.
Eu conhecia esse conto há uns cem anos (hipérbole), mas eu conhecia as versões do Silvio Romero e do Câmara Cascudo. Aliás, vou abrir um parêntesis: outro dia eu peguei uma nota de cinqüenta mil cruzeiros e deu, por um lado, um orgulho de um país que homenageia seus intelectuais, mas, por outro, uma certa vergonha daquela ser uma nota sem nenhum valor, mesmo quando estava sendo impressa. Fecha parêntesis porque essa é outra história.
Muito bem, pus-me a ler o conto pelo olhar de Angela Lago, mas o conto em si — que conta a história de uma Tartaruga muito esperta que vai a festa no céu escondida dentro do violão de um Urubu-rei — não foi o principal alvo da minha atenção. Este post chama “Uma coisa puxa a outra…” por esse motivo.
Eu costumo ler tudo que está escrito no livro: editora, ano de edição, direitos de publicação, enfim, tudo mesmo e, na contra-capa havia uma informação muito interessante sobre Angela Lago:
Foi uma das primeiras ilustradoras a usar o computador para desenhar e uma das primeiras a fazer seu site na internet.
Lendo isso, o que eu fiz? Obviamente fui atrás do site de Angela.
Esse post é um convite a visitar o delicioso site de Angela Lago, uma senhorinha, nascida no pós-guerra que se diverte contando e desenhando histórias. O site é muito divertido e bem interativo. Há várias histórias contadas, jogos e ilustrações muito bonitas.
A propósito ela dá um depoimento muito bonito, com seu delicioso sotaque mineiro, no site do Itaú Social, o mesmo que você acessa para receber os livros, dizendo que "quer escrever com a sua voz infantil porque é a voz que conta as metáforas mais inusitadas, que tem uma poesia mais espontânea" que sua voz de adulta.
Eu, particularmente, considero que ter um filho pequeno é ganhar um convite para assistir, sentada no gargarejo, um desfilar de sabedoria.
Leia muito para uma ou algumas crianças, mesmo que estejam dentro de você.

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